segunda-feira, 19 de março de 2018

CONSUMISMO NA PRÁTICA DA AUTOMEDICAÇÃO



Existe um ditado popular bem conhecido que sugere: de médico e louco todo mundo tem um pouco. Claro que o ditado não quer ditar nenhuma lei. Nem lançar uma justificativa. É uma oração que relata o que há muito tempo corre. Além das entrelinhas, se analisarmos melhor, trata-se mais de um sarcástico dizer. Todavia, podemos interligar com a questão da compulsão humana por automedicação.

Tornou-se quase habitual ao brasileiro sentir algo como dor ou sintomas e correr até a farmácia para comprar um remédio que acredita ser mais potente. Ainda mais com a era da internet que é só o paciente questionar aos sites de busca para localizar uma sugestão ao problema. Assim, todo mundo quer equiparar-se ao médico.


Não se trata de um mero chazinho que a vovó receitava para dor de barriga. A situação é bem mais grave do que o cidadão desavisado possa acreditar. Um médico estuda anos, quiçá nunca deia de estudar, para ter acesso ao verdadeiro conhecimento dos medicamentos. Remédios errados ou incorretos podem causar reações adversas e futuros transtornos. Como o caso da resistência de doenças a medicação e criação de superbactérias mediante a grande exposição do corpo aos antibióticos.

Não podemos permitir que amadores diante de dinheiro se deixem levar pelo consumismo até na hora de comprar remédio. É preciso ter uma fiscalização maior nas farmácias com punições severas. Também é preciso ter uma proximidade maior do médico com seus pacientes com linguajar menos técnico e um tratamento mais humano. Quem sabe assim o paciente consumidor (ou consumidor impaciente) perceba que ser louco, na verdade, é querer dar uma de médico sem ser?



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