A literatura é fonte inspiradora para muitos filmes, novelas e minisséries. Só o clássico Dom casmurro escrito por Machado de Assis ganhou inúmeras adaptações.
A
primeira versão cinematográfica foi dirigido em 1968 por Paulo Cesar Saraceni
com o título de Capitu. Era uma releitura bem fiel a história de Bentinho e
Capitu. Todavia, a versão dirigida por Moacyr Góes (2003) com o nome de Dom,
retrata os personagens e a questão do ciúme na atualidade.
Em
2008, a Rede Globo produziu a missérie Capitu em homenagem ao centenário de
morte de Machado de Assis. Roteirizada por Euclydes Marinho e dirigida Luiz
Fernando Carvalho a adaptação misturou elementos teatrais, da época e modernos.
O
cineastra e professor dos cursos de comunicação Hunfley Borges Pepino considera
a minissérie a adaptação para a tevê que mais marcou. “É uma obra primorosa e
fantástica”, diz.
Segundo
Hunfley, pode se encontrar uma mescla de elementos e um coquetel estético bem
estruturado na dosimetria correta. “É uma obra dramática com uma licença
poética na medida certa”. Ele acredita que a adaptação conseguiu resgatar as
viagens retratadas na literatura de Machado de Assis.
Como
professor de cinema, ele entende bem os desafios e dificuldades para adaptar
uma obra literária. Portanto, considera que nesse trabalho, os ganhos são
maiores do que as perdas. Afinal, apesar de a leitura ser fundamental para a
formação do ser humano, ainda vivemos num país onde as pessoas não tem o
costume da leitura. “Se ganha à possibilidade da obra atingir um número maior
de pessoas”, diz.
A
obra audiovisual pode não oferecer a riqueza de informação de um texto. Mas que
a própria imagem na sua gênese já vem com essa informação contida. Sem dúvidas
a imagem tem uma riqueza de detalhes e signos. “É uma questão de se acostumar
com a imagem e ter a consciência de que qualquer texto sempre terá um número
maior de informação”, diz Hunfley.
É difícil reconstruir no vídeo uma obra já eternizada no livro. As diversas interpretações de um texto tornam o receptor muito exigente. Na maioria das vezes o leitor não se agrada com o resultado final da adaptação por ser diferente daquilo que idealizou durante a leitura.
É difícil reconstruir no vídeo uma obra já eternizada no livro. As diversas interpretações de um texto tornam o receptor muito exigente. Na maioria das vezes o leitor não se agrada com o resultado final da adaptação por ser diferente daquilo que idealizou durante a leitura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário