ANTIÉTICA JORNALÍSTICA!

No filme Shattered Glass, o personagem título é um jovem jornalista ambicioso capaz de muitas coisas para subir na vida e decolar na carreira profissional. Dono de uma mente astuta começa a se destacar com reportagens consideradas inteligentes e brilhantes.

Ele consegue chegar a um patamar alto, porém, é quando tudo desaba e acabam descobrindo toda a farsa que havia por trás do jovem. A verdade surge e a efêmera carreira é arruinada no meio de tantas notícias e fatos mentirosos que inventou. Por fim, tornou-se um dos melhores contadores de histórias fictícias.

Em busca de destaque e oportunidades de crescer, a mente humana é capaz de arquitetar e planejar inúmeras situações e, com isso, as fantasias mais intimas tornam-se reais. Na imprensa isso não é diferente, tudo pode ocorrer na busca de notícias que atraíam a atenção, cause impacto e façam vender produtos. Inúmeros jornalistas ultrapassam as barreiras da moral e da ética profissional e pessoal para vender mentiras.

Na procura de melhores condições de trabalho, aumentam fatos, escrevem inverdades e enganam ao passo que deixam de informar e passam a deturpar a realidade. A procura por um lugar de destaque ao sol torna-se cruel em meio a enorme concorrência. Entretanto, o jogo de interesses vai muito além porque enquanto se dá destaque a fatos tolos, outros tantos de maior importância são escondidos e disfarçados e, assim segue o círculo vicioso.

Aqui no Brasil, como em outro canto do mundo, as celebridades são perseguidas e acabam caiando em vários tipos de intrigas. Surgem notícias falsas e, em algumas vezes, acidentes e mortes inverídicas são anunciadas.  

A concorrência acaba tornando-se acirrada e, na busca por notícias exclusivas, bebês diabos são concebidos a cada novo dia e tornam-se reais no imaginário da população. Programas populares abusam de brigas e situações domésticas, doenças e até mesmo homens grávidos são inventados. 

Algumas das revistas mais conceituadas acabam cedendo a linha de tudo em nome da notícia em primeira mão, acaba publicando fatos de fontes inseguras e não verificados para vender mais revistas e sair na frente das demais. Contudo, não são apenas os veículos impressos que fazem isso e, em todos os meios de comunicação, são divulgadas fotos de possíveis assassinos e estupradores. Volta e meia ressurgem os erros ocorridos no caso Escola Base. E assim, a imprensa caminha para o futuro.