domingo, 9 de fevereiro de 2014

É CERTO FAZER JUSTIÇA COM AS PRÓPRIAS MÃOS?


A impunidade no Brasil é um assunto que ganha cada vez mais destaques nos noticiários. Políticos acusados de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro continuam impunes ou se armam de leis falhas para protelarem e amenizarem as penas. Assassinos armados de veículos matam, mutilam corpos, destroem famílias e continuam livres. Vivemos a era em que os bandidos têm mais direitos do que o cidadão normal e isso gera revolta.

A população civil se torna refém do crime e muitas vezes se vê acuada e sem perspectivas de melhoras. Afinal, o legislativo não se mobiliza para aprovar leis e rever outras tantas necessárias para livrar os criminosos da impunidade. Talvez porque estas leis defasadas sejam apropriadas para situações próprias e de conivência com as consciências que carregam.  Enquanto isso a polícia, quando não está envolvida no núcleo da criminalidade, está de mãos atadas e sem poder de ação para atuar e defender os cidadãos de bens.

Por isso, é cada vez mais comum o povo se unir para defender a lei e combater o crime. É claro que esta atitude não pode ser promovida ou aconselhada porque pode terminar em tragédia. Contudo, ao procurar nos sites de buscas e vídeos da internet, vão surgir numerosos casos em que o bandido apanha das vítimas. Recentemente, um caso de revolta popular no Rio de Janeiro chamou a atenção e teve grande repercussão nas mídias. 



No bairro do Flamengo, um grupo de pessoas resolveu fazer justiça com as próprias mãos.  O suposto ladrão, um rapaz negro de 16 anos, era acusado de cometer diversos furtos no local e viver impunimente por ser menor de idade. Revoltados e cansados de esperar uma atitude das autoridades, três homens intitulados “os justiceiros” capturou-o e, após agredi-lo, prenderam-no pelado em um poste. O caso gerou polêmica e ganhou repercussão maior após um comentário da jornalista Rachel Sheherazade no jornal SBT Brasil.

Sheherazade conhecida por diversos comentários de impacto gera diversas visualizações assim como seguidores e opositores por ter uma crítica afiada.  O comentário que fez a respeito do assunto considerava compreensível a atitude das pessoas em fazer justiça. Isso foi o suficiente para gerar polêmica e revolta de diversas áreas. Políticos citando direitos humanos condenaram-na por ter na opinião uma frustração a respeito das leis e penalidades para os crimes.

VÍTIMAS OU VILÕES?

O ato citado remete a ideia de racismo, nazismo e fascismo cometido por Hitler e Mussolini na tentativa de purificar a raça. Portanto, concordo que não devemos perpetuar a ideia de uma rebelião popular, simplesmente porque a população muitas vezes não pensa com a razão. Na hora da adrenalina percorrendo o corpo, as pessoas agem sem consciência e por emoção. Assim brigam e cometem outros crimes numa simples discussão no transito ou por bobagens sem motivos para uma reação extrema.


Situações assim demonstram o quanto as pessoas podem ser cruéis. Contudo, o bandido também é cruel. Sem coração capaz de arrastar uma criança por quilômetros presa no cinto de segurança do carro roubado. Sem noção atira sem pensar a sangue frio numa criança boliviana em pânico pedindo para não morrer. Sem medo esfaqueia e mata a vitima em troca de uns trocados para a droga. Sem remorso rouba e desvia o dinheiro público sabendo que milhares de pessoas morrem sem auxilio médico e de fome.

Atualmente revertemos os direitos humanos para a cadeia e em prol de melhorias para presos. Enquanto isso, humanos sem diretos estão a mercê daqueles que são assegurados por todos os direitos que possam existir. Todavia, estes também são culpados por tudo de ruim que lhes acontece. Afinal, aqueles que votam inconscientemente nas eleições e elegem os mesmos representantes inúteis de sempre são os piores criminosos e culpados.



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