sábado, 5 de abril de 2014

QUAL A VERDADEIRA PREOCUPAÇÃO DE UM CONTADOR DE HISTÓRIAS?


O assunto que envolve direitos autorais, plágios e registro de obras é sempre presente nas rodas de escritores. Muitos escritores apaixonados pela escritas acreditam na ideia de que a fixação pelo roubo e plágio transforma as obras em prisioneiras de gavetas. Os escritos permanecem trancados a sete chaves pelo narcisismo que envolve o autor de achar a ideia original e possível alvo dos plagiadores.

Na sociedade capitalista este é um medo recorrente, então, lembrei-me de um caso em que um escritor processou um autor de novela por achar a cena de um piano semelhante ao seu livro. E quantas cenas de piano não foram escritas antes da dele?



Eu sei que esta discussão é muito profunda, mas eu acredito que não existam histórias inéditas. De certo modo, todas as histórias já foram contadas, muda-se apenas a forma de se contar. E isso que deve ser único e individual. Cada um reconta um conto de acordo com a própria vivencia.


Não podemos nos esquecer de que nos primórdios da humanidade a cultura, mitos e lendas se propagavam pela oralidade e cada qual contava ao seu modo. Atualmente, vivemos preocupados com o roubo ou a cópia, talvez porque vivemos a situação famigerada de desrespeito com o próximo em todos os sentidos. Mas a mais pura verdade é que texto nenhum teria uma finalidade se não fosse para ser lido e ganhar as mentes alheias.



Claro que é cruel alguém se apropriar de um pensamento, uma frase, um texto com o objetivo de lucrar enquanto o primeiro contador se vê a mingua. Uma vez vi uma frase ser copiada no Facebook e repercutir com inúmeras curtidas quando outra pessoa copiou sem me dar os créditos. Mas eu sempre me superei e escrevi pensamentos melhores.



Também já me inspirei em mestres como Shakespeare e Machado de Assis para escrever minhas histórias e isso não me fez copiador. Nos primórdios das minhas peripécias literárias, eu usei signos e símbolos de história como Romeu e Julieta e Dom Casmurro para escrever as peças de teatro e outras tramas. Ousadia? Pretensão? Nenhuma, afinal, eu um peixinho bebendo destes oceanos. A minha intenção foi homenagear e propagar as obras dos imortais.

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