sábado, 10 de maio de 2014

A ARTE DE TURISTAR!



Os dirigentes de diversos países têm alertado constantemente os torcedores que pretendem assistir a copa do mundo no Brasil. Os avisos são uma constante para proteger e precaver os viajantes de possíveis danos ou perigos nas terras brasilis. Contudo, esquecem  que perigos, falta de informações e infraestrutura para receber e acolher bem os turistas são um mal que assola a maioria das cidades turísticas.

As pessoas em seu cotidiano normal seja em Paris, Roma, Barcelona, Londres, Buenos Aires ou no Rio de Janeiro detestam ser abordados por turistas que não se expressam bem na língua nativa. Quando isso ocorre tentam se desvencilhar, ignoram ou indicam um posto de informação. Claro que isso é compreensível visto que as pessoas não querem alterar a rotina por um contra tempo. Ainda mais ajudar um forasteiro que adentra o país para inserir dinheiro.

Todavia, pessoas que deveriam estar acostumadas e preparadas para a situação também não se adequam. Seja no Rio de Janeiro quando se precisa de informações de um ônibus e cada pessoa (da rodoviária) diz algo diferente. Seja no balcão de informações em Barcelona com atendentes sem paciência para as dúvidas dos estrangeiros. Seja em Lisboa, quando a recepcionista de um hostel não peca por não saber informações de ruas, mas peca pela educação e falta de gentiliza com falantes da mesma língua. Seja em Roma quando a funcionária de uma companhia aérea não sabe dar suporte para os passageiros estrangeiros que ficaram sem voo devido ao cancelamento da companhia ou devido ao extravio de malas.

Referente a situações de risco como roubo, sequestro e perigos, acredito que nenhum país esteja livre disso. Quando mais poucas pessoas enriquecem, outras  muitas são jogadas as margens e situações de miséria. Prova disso é o grande número de pessoas que tocam músicas ou simplesmente só pedem dinheiro nos metros de Paris. Nas ruas de Roma, mulheres prostradas no chão permanecessem assim o dia todo por algumas moedas. Ou até mesmo num autobus lotado de Buenos Aires, quando é frequente alguém abrir a mochila alheia ou enfiar a mão no bolso de alguém para pegar algo de valor.

Claro que o brasileiro tem gingado com o samba, melodia e inteligência suficiente para inventar inúmeros métodos de sobressair, aplicar golpes e levar vantagem. Contudo, o brasileiro é uma mistura de tantas outras etnias que há milênios enganando e levando vantagem. Na Champs Elysees, um jovem praticava impunimente o golpe do anel: abordava alguém dizendo ter achado o anel valioso e em troca para devolver pede dinheiro, então, o turista esperto paga pelo ouro de tolo.

Isso faz de Paris tão pior, ou melhor? Com certeza não. Faz das cidades inesquecíveis um lugar comum. Claro que o turista quando vem ao Brasil terá que enfrentar inúmeras situações de infraestrutura vergonhosa na qual nos acostumamos a sobreviver. Poderia ser melhor e sempre poderá tem melhoras. Mas em toda parte do mundo há problemas. Assim como a superlotação nos estreitas instalações do metro de Roma é comum as do Rio ou de São Paulo. E o caótico trânsito que assombram as mais diversas cidades em horários de rush.


Quem vê a foto de alguém na  Torre Eiffel, no Cristo Redentor ou no Coliseu nem   imagina o tormento vivido. São inúmeras horas nas filas de espera, enfrentando sol, chuva, frio, calor, fome e sede.  Porém, os maiores sacrifícios fazem sermos melhores e criarmos a consciência que não vivemos num lugar pior. Apesar dos nossos problemas serem grandes são comuns a toda raça humana e urbanizada. Para fugir do caos é melhor ficar em casa e se degustar com as fotos sem ganhar experiência e lembranças inesquecíveis. Afinal, a arte de turistar é uma arte que envolve muita pesquisa, paciência e a certeza de boas dores de cabeça.

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