segunda-feira, 18 de março de 2019

A HISTÓRIA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

Praça Rui Barbosa, em 1929 (Foto: Arquivo Municipal)

Quem vê a moderna São José do Rio Preto de hoje, com seus imponentes empreendimentos imobiliários e seu crescimento em, praticamente, todas as regiões da cidade e em todas as esferas que movimentam sua economia nos mais diversos aspectos, nem imagina que tudo isso é, relativamente, novo, considerando a idade do município. A velocidade com que a cidade cresceu nos últimos anos em comparação a poucas décadas, mostra que sua ascensão teve início praticamente em meados dos anos 1970. Mais de cem anos antes, até por volta do ano de 1840, a região era praticamente mata virgem, quando chegaram os primeiros mineiros para desbravarem as terras e iniciarem a exploração agrícola. Mas a expansão do Noroeste ganharia força com a chegada de Luiz Antônio da Silveira, que acompanhado do irmão, Antônio Carvalho, e do amigo, Vicente Ferreira Netto, trouxe cargueiros e escravos para abrir trilhas mato adentro. A comitiva criou raízes num lugar bom para o cultivo. Em 1852, Luiz Antônio doou parte de suas terras ao seu santo protetor, São José, e, em 19 de março daquele ano, João Bernardino de Seixas Ribeiro, que já habitava a região numa casa de sapé, liderou os moradores da vizinhança para erguer o cruzeiro de madeira, onde edificaram a pequena capela para as funções religiosas. Assim, a população local foi crescendo e, em 1894, foi eleito o primeiro prefeito, Luiz Francisco da Silva, sendo que anos mais tarde, em 1904, foi criada a comarca de Rio Preto. 



Praça Dom José Marcondes com o Terminal de Ônibus (Foto: Arquivo Municipal)

A chegada da linha ferroviária, em 1912, gerou novas possibilidades para a economia local. Na década de 1930, foi erguido o primeiro prédio, edifício Caramuru, atual Hotel Itamarati, e, só a partir da segunda metade do século XX que Rio Preto começou a se expandir e ganhar um número maior de moradores, principalmente com a chegada de inúmeros imigrantes. Dessa forma, italianos, portugueses, espanhóis, japoneses e árabes contribuíram com o início de uma nova fase, impulsionada pelo forte aspecto agrícola e comercial da cidade. O progresso das últimas décadas trouxe não só a verticalização do centro, mas também transformou por completo o cenário em torno do marco zero, onde se localiza a Catedral de São José. Projetos de urbanização no decorrer dos anos proporcionaram a expansão horizontal. Apesar de ainda manter características próprias, entre o rural e o urbano mesmo em áreas consideradas antigas e nobres, a cidade sofreu uma verdadeira transformação, tornando-se referência no comércio, na prestação de serviços, na medicina e em diversos outros setores. No centro da cidade é possível encontrar muitas referências e contratastes entre as fases da cidade, como na arquitetura, na paisagem urbana como um todo, e nas informações que passam de geração em geração.



Basílica na década de 50 (Foto: Arquivo Municipal)

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