Com certeza qualquer cena de filme ou novela não teria a mesma projeção sem uma boa trilha sonora. O casamento perfeito entre imagem e som faz com que exista uma interação maior dos sentidos. Portanto, é comum que uma música seja encomendada para enriquecer um determinado filme. Mas o inverso também pode acontecer, quando a música inspira o enredo, como no filme Faroeste Caboclo (2013).
O roteiro deste filme surgiu da livre adaptação de uma música da banda Legião Urbana. A letra da música e o filme narram à história de João: um jovem que sai de Santo Cristo (Bahia) e acaba na região periférica de Brasília. Neste cenário caboclo do centro oeste brasileiro ocorrem cenas de um verdadeiro faroeste tupiniquim.
Com a ajuda de um primo distante, João se envolve com o tráfico de drogas boliviana e o crime organizado na Ceilandia. Num dia, ele acaba conhecendo e se apaixonado por Maria Lucia. Filha de senador, ela é desejada por Jeremias um playboy que trafica na alta sociedade. Começa, então, a disputa entre mocinho e o algoz pelo coração da moça e pelo comando do tráfico local.
ÍDOLOS
Desde La Bamba (1987), retratar a vida de músicos em filmes vem aumentando com frequência. As vidas cheias de emoções, comportamentos explosivos, ousados ou até mesmo acontecimentos rotineiros para os mortais, tornam-se atrativos se vividos por grandes ídolos.
Na década de 1990, atriz Jennifer Lopez ganhou notoriedade ao interpretar a cantora mexicana Selena (1997) nos cinemas. Anos mais tarde o ator e cantor Jamie Foxx levou a estatueta de melhor ator (2005) por interpretar consagrado cantor Ray Charles na telona em 2004.
O espetáculo Mamma Mia inspirado nas músicas da banda Abba foi um sucesso durante anos nos palcos da Broaway (Nova York/ EUA). A versão cinematográfica (2008) foi estrelada pela atriz Meryl Streep. Na época, houve a especulação de um possível retorno da banda.
No Brasil, este costume também está ganhando simpatia e arrasta multidões de fãs as salas de cinemas. Filmes como Cazuza O Tempo Não Para (2004), 2 Filhos de Francisco (2005) e Gonzaga De Pai Para Filho (2011) tornaram-se verdadeiros fenômenos de bilheteria. Consegue provar também que a boa música não morre e nem envelhece. Certamente a nostalgia para os antigos fãs, serve para discriminar as músicas para as novas gerações.
O filme Somos Tão Jovens (2013) é um dos mais recentes da nova safra brasileira. O filme conta parte da história de Renato Russo e o início da banda brasiliana Legião Urbana. Não diferente dos demais, o filme tornou-se um culto aos fãs do cantor. As músicas casam com situações da atualidade brasileira e dos jovens.
Medindo a história com músicas, resgata parte dos anos 80. A breve influência do punk nas bandas de rock brasilenses e a ascendência para ganhar o Brasil. Prova que boas músicas podem ser resgatadas do baú sem aparentarem amarelume algum.
Tanto que já podemos esperar mais algumas trajetórias brilhantes (ou não) para as próximos filmes. Como, por exemplo, a vida de Joelma e a banda Calypso entre outras. Com certeza, serão histórias de muita emoção, superação e sucesso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário