O bruxo Nino já estava presente no cotidiano e imaginário das crianças brasileiras antes de Harry Potter e companhia virarem sensação. Fenômeno de crítica e audiência na década de 1990, o Castelo Rá-Tim-Bum pode ser considerado um acerto atemporal. Prova disso é que o Museu de Imagem e Som (MIS), na capital paulista, decidiu presentear os saudosos fãs com uma grande exposição. Tudo para comemorar as duas décadas do programa infanto-juvenil que fez história na tela da Tevê Cultura.
O seriado se consagrou como um curinga capaz de elevar os números de televisores sintonizados no canal em diversos horários. A qualidade e o sucesso foram tanto que o produto foi exportado para diversos países e ganhou diversos prêmios. Surgiram inúmeros produtos como VHS, bonecos, livros e diversos produtos para agradar o publico consumidor.
Nem o tempo foi capaz de desgastar ou desestimular os telespectadores. Desde a inauguração da exposição, pessoas de todas as idades formam filas enormes no MIS para conhecerem, prestarem e recordarem da infância. Tanto marmanjos quanto a criançada visitam o local com entusiasmo. As crianças transformam tudo em festa, mas os grandinhos são quem mais se divertem. Diante dos personagens favoritos qualquer adulto regressa à infância e fica deslumbrado.
A exposição foi construída com riqueza de detalhes digna do seriado que era capaz de entreter e ensinar simultaneamente. Os organizadores do evento reuniram um amplo material. Foram recuperadas e restauradas várias peças originais, diversos objetos de cena, fotografias, maquetes e figurinos dos personagens. Também foram recriados os mais diversos ambientes que compunham o cenário do castelo.
Ao adentrarem, o anfitrião Nino surge numa imagem holográfica para receber o público. Assim, o visitante é conduzido ao universo dos moradores do castelo. Então, pode-se encontrar diversos bonecos que emitem vozes como se dialogassem com as pessoas. No salão principal foi reproduzida até a enorme árvore onde vive a serpente Celeste. Muitas pessoas se aglomeram no local para tirarem fotos com a cobra falante ou girarem na passagem para o quarto do Nino.
Há ambientes repletos de particularidades e quase ocultos que podem passar despercebidos aos desatentos. Por isso, é preciso estar atento para não perder nenhum detalhe. E se pensar que a aventura acabou, ao subir as escadas, o visitante adentra o quarto da tia Morgana e o ninho dos passarinhos cantores. Por fim, a ida ao museu nunca será tão divertida e restará a sensação de que a exposição atingiu o objetivo: resgata a criança esquecida e teletransporta ao mundo mágico, lúdico e paralelo do Castelo Rá-Tim-Bum.
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