domingo, 29 de janeiro de 2017

A NOVA ONDA DE TRUMP NA PRESIDÊNCIA DOS EUA.


Sem querer ser pessimista, podemos afirmar que o mundo está à beira de um colapso. Conciliações e direitos que levaram séculos para serem firmados desmoronam como as geleiras da Antártica.  É o calor dos ânimos afoitos e divergências de interesses provocando um novo aquecimento global. Com certeza daqui uns bons anos os cientistas políticos, sociólogos, filósofos, historiadores (e a quem mais interessar) estudarão o período atual (2017) do mundo com um olhar mais crítico e imparcial. Todavia, não podemos negar que as mudanças já acendem o alerta de preocupação.

Neste texto,  não temos intenção de condenar ou incitar ao ódio a uma determinada pessoa ou nação. Apenas discorreremos um pouco sobre um personagem enigmático que surge com um poder sem igual nos últimos tempos.  Donald Trump, o atual presidente norte-americano, até poderia ser visto como um super-herói. Claro que ele mesmo se considera assim só ignorando o fato dos poderes também trazerem inúmeras responsabilidades. Carga que envolve um comprometimento Global e não só com o país que governa.


HERÓI OU VILÃO?

Trump é um milionário que herdou algum dinheiro do pai e conseguiu aumenta-lo de forma significativa. De empresário e comunicador tornou-se o presidente da maior potência mundial. Como figura pública ele é quase tão impopular quanto o presidente brasileiro Temer. Conforme as pesquisas de popularidade, ele assumiu a chefia da Casa Branca com índice alto de rejeição (52% conforme jornal Folha de S. Paulo).  

Claro que depois de um presidente tão carismático como Obama, seria impossível outro político surgir com um brilho maior. Então, temos a grande questão: os impopulares são capazes das atitudes mais impopulares para notoriedade? Talvez.  Trump se porta como um louco imperador que remete a alguém querendo chamar a atenção e ter todo o holofote para si próprio. 

Ainda houve quem acreditasse que o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, fosse o mais excêntrico dirigente a chegar ao poder na história recente. Assim, o mundo deu voltas e o tempo prova que os doidos tem grande perspicácia em persuasão a ponto de conquistar nações inteiras.

O mais incrível é que tal qual Hitler, atualmente alguém ainda consegue convencer multidões com argumentos fascistas e xenófobos.  Algo impossível no mundo atual? Não. A vitória de Trump prova que parte da população compartilha dos mesmos pensamentos capazes de exterminar, perseguir ou prender milhares de pessoas por serem diferentes.



AS ELEIÇÕES

Conforme acompanhado pelos noticiários, a campanha eleitoral nos EUA foi manchada por várias denuncias. As ligadas ao vencedor envolviam escândalos de abusos sexuais, preconceito, fraude nas declarações de imposto e cumplicidade na espionagem russa. 

Quer mais motivos irônicos? A eleição parece ter tido uma grande contradição ao ponto de por em cheque a liberdade do cidadão na maior democracia do mundo.  Afinal, o presidente eleito perdeu no voto popular nas urnas e só venceu porque ganhou na votação dos dirigentes.  Ou seja, o povo não tem poder nenhum num país considerado como exemplo de liberdade.

Defendendo a si mesmo, Trump põe em cheque todo o sistema eleitoral do próprio país. Segundo ele, só perdeu nas urnas porque imigrantes ilegais teriam votados no lugar dos cidadãos norte-americanos. Ou seja, ele põe em xeque toda uma instituição que deveria ser séria e respeitada. Não só isso. Questiona todas as engrenagens do país porque se houve fraude eleitoral como órgãos de defesa e inteligência não averiguaram a tempo impedir. Isso mostraria toda a fragilidade da nação estadunidense.

Talvez seja tudo apenas o blefe de um grande jogador. Contudo, pior que mentir sem provas, é acreditar nas próprias mentiras e tentar revertê-las em benefício próprio. E você ainda achava que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, delirava em suas próprias convicções de golpe? O mundo acaba de conhecer um personagem icônico tão bom quanto na arte de inventar teorias de conspirações.



O PODER

Imagine um presidente que chegou chegando querendo mudar tudo? A resposta mais correta seria todos inclusive Trump. Contudo, o novo presidente dos Estados Unidos tem um grande diferencial. É dono de um discurso equivocado e extremamente nacionalista, ele não se controlou em por a caneta presidencial para funcionar em diversas ordens e decretos. 

Freou uma abertura maior no comercio mundial embargando acordos estipulados com países membros do Tratado de Livre Comércio Trans-Pacífico (TPP, sigla em inglês). Tudo visando maior protecionismo das empresas na terra do Tio Sam. Até que seria louvável querer incentivar a criação de novos empregos e receitas locais. Mas será que a falta de competitividade no mercado não encarece o produto final para o consumidor? Será que não é a população que pagaria mais caro por um produto sem fortes concorrentes?

Além disso, entona em alto e bom som contagiando a população com uma fala de ódio e intolerância aos imigrantes. Culpa os muçulmanos pelo terrorismo e atentados e os latinos pelos crimes e tráficos de droga. Esquece que o país foi construído e fortalecido com pela imigração. Talvez a maior distinção seja com relação aos lugares de onde os tais pessoas tem origem. Não é de se espantar para quem comparou os latinos com porcos como se estes não vivessem numa mesma América.



As primeiras atitudes do atual presidente foram justamente separar a América do Norte dos demais americanos. Deu carta branca para construção do muro na fronteira com o México. Ainda afirmou que os mexicanos deverão pagar a conta. Também assinou decreto proibindo por 90 dias a entrada de cidadãos de sete países (Irã, Iraque, Líbia, Síria, Somália, Sudão e Iêmen). 

Atentando contra liberdade, ele conseguiu gerar comoção e alarde mundial. Capaz de despertar inúmeras manifestações nos EUA e em outros países. Diversos chefes de estado estão preocupados com o humor tirano do novo líder da maior potência bélica e econômica do planeta. 

Resta aguardarmos os próximos capítulos da nova onda de Trump. Vamos torcer para que ele não seja tão louco como Nero a ponto de tocar harpa enquanto vê o povo estadunidense queimando nas próprias decisões impensadas.




Fotos: Internet


2 comentários:

  1. Divergencias a parte. Donald Trump deve surpreender e mudar conceitos de economia global onde poucos ficaram ricos a custas de pequenos "escravos" orientais. Quem viver vera!

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    1. Muito válido o seu comentário. É preciso existir esta diversidade de opiniões e divergências. Refente a "escravidão" acredito que vai muito além e serve de enredo para uma nova postagem.

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