Cidade de Lima - Peru (Imagem de Internet) |
Somos envolvidos por diversas questões não implícitas no título. Quem matou? O que matou? Como? Onde exatamente morreu? Quando? O que fazia? Qual circunstâncias e reais motivos? Por quê? Crime? Acaso? Acidente? Suicídio? Morte matada ou morrida? E as maiores perguntas que não querem calar. Quem é Sevilha? Onde vive? O que fazia em Madrid?
O narrador é em terceira pessoa e não participa como personagem. Havendo uma controvérsia porque em determinado momento o narrador cita que o escritor Echenique esteve no mesmo quarto de Sevilha algum tempo depois . Tirando isso, em nenhum momento o narrador se identifica como atuante. A história do livro não corre de forma linear. Isso quer dizer que conforme vamos lendo podemos estar no presente, regredir em algum lugar do passado, ou até vislumbrar algum lance futuro. Parece um pouco com o fluxo de consciência quando o narrador vai discorrendo os fatos conforme suas lembranças.
Lima (Imagem de Internet) |
Num primeiro momento da trama, Sevilha busca incessantemente uma namorado ideal para seu grande amigo Salvador Escalante. Este é um personagem popular que foi um grande jogador de futebol da escola e deveria ter um futuro brilhante. Eles se conheceram em uma excursão escolar até o povoado de Huancayo. O protagonista como sempre estava solitário até que o outro puxou assunto. Este foi o começo de uma grande amizade.
Há uma forte relação entre os amigos. Vai desde conselhos até o objetivo de um ajudar o outro a encontrar alguém. Apesar disso, não demoramos a descobrir que Salvador está morto. Sofreu um acidente algum tempo depois de ter se formado na escola. Entretanto, Sevilha ainda lhe vê e conversa com ele. Assim, podemos ter em mente que a ideia de morte está enraizada em vários momentos do livro.
Madrid - Espanha (Imagem de Internet) |
Durante a viagem, ele conhece algumas pessoas estranhas como Cucho Santisteban, o japonês Achikawa, o americano Alford e os jovens latinos Murcia e Segóvia. Logo ele se vê obrigado a fazer uns itinerários enfadonhos e constrangedores. Ainda mais porque estava mal da barriga. Há uma cena no museu do Prado em que ele se reveza entre as obras de arte e as idas ao banheiro. Além de ter que aturar o japonês tirando fotos toda hora.
Certamente a viagem não foi tão boa como ele desejou que fosse. Contudo, não haveria motivos para uma morte. Só que o exausto Sevilha acabou caindo da janela do hotel e morreu estatelado no chão. Todos acreditaram que tinha sido o suicídio de um rapaz tão estranho. Assim, sem maiores delongas, o corpo voltou para Lima para ser enterrado enquanto a companhia investiria junto a tia Angélica para pagar uma indenização.
Nenhum comentário:
Postar um comentário