"Depois de um beijo. Quando um vampiro crava suas mandíbulas no pescoço para sugar-lhe o sangue. Rouba sua alma. Nenhuma pessoa volta a ter a mesma ‘vidinha’ pacata que tinha antes."
"E ao fim eram dois vampiros digladiando-se num duelo de desejos. Com seus poderes, seus raios e seus beijos."
Romance? Terror? Aventura? Nenhuma das alternativas ou uma mistura de todas? Eis a questão. Assim, provocando questionamentos nos leitores, o livro Sarcástica Ilusão completa dez anos.
Sem sombra de dúvidas, posso afirmar que este livro foi um divisor de águas na minha vida de escritor. Tudo bem que eu já escrevia desde os 13 anos (1996), mas até este momento a minha escrita continha mais inspiração que qualquer tipo de técnica. Já a composição deste livro envolveu um processo de muita pesquisa literária e consulta de técnicas porque tratava-se também de um projeto para conclusão do curso de Letras. Certamente, trata-se de uma evolução do meu processo de escrita. Desde então, tento conciliar as técnicas que aprendi com a confecção deste livro com a inspiração e ideias que não se aquietam em minha mente.
A base da narrativa é a busca do ser por si mesmo numa odisseia textual e utópica. "Sem saber ou entender por que, sem nem ter certeza do que tinha medo, apenas temia. Fugia na impossibilidade de ver alguma coisa. Até que num estrondo... Não corria, não mais fugia e nem temia." Assim nos vemos diante da incrível jornada do ser. Na busca por ser... Ser feliz... Ser completo... Ser aprisionado numa ilusão sarcástica. Creio que tem muito de um dilema universal de todo ser humano pensante em momento de reflexões.
A ideia do livro nasceu da minha inquietação como autor e persistência em expressar um sentimento: a imensa paixão por me comunicar, desenhar e escrever. Portanto, o livro Sarcástica ilusão nada mais é que a tentativa de um contar e conta com um emaranhado de pequenos contos. Os fragmentos possibilitam leituras, releituras e paralelos desde textos a desenhos. Acaba sendo um misto de tudo e mais um pouco incluindo citações de autores famosos, tradições, lendas, mitos, pensamentos, vivências e situações que foram vivenciadas ou apenas imaginadas.
Os textos podem ser lidos convencionalmente na ordem cronológica formando uma história numa espécie de mosaico de contos ou fora da ordem. A decisão da melhor forma de leitura seja linear, salpicada ou do fim para o começo faz do leitor um coautor da obra. Os episódios isolados podem se misturar e se transformar numa única história. Contudo, podem não ser correspondentes e não acrescentar nada um ao outro. Isso cabe à imaginação autoral de quem estiver com os livros em mãos.
"Ao adentrar o labirinto, considere-se perdido(a)!Leia com atenção e decifre, ou, seja devorado(a)." Esta frase define bem todo o processo de leitura. Trata-se de uma proposta ousada porque tira o leitor da passividade costumeira. Enquanto alguns não entendem a proposta e se prendem na questão de falta de sentindo ou perspectivas, outros compreendem qual o caminho e mergulham de cabeça. Vivem uma experiência intensa e única tanto quanto a história permite.
O leitor David Machado Candido utiliza os adjetivos "fascinante, intrigante e envolvente" para definir o livro. Segundo ele: "nos leva a um mergulho na alma do autor e nos coloca no lugar dos personagens, nos faz querer desvendar o desfecho da história. Extremamente viciante."
Giuseppe Moscone Junior também comenta a identificação com o ser do livro. "Me senti fazendo uma viagem para dentro do personagem, é como se eu compartilhasse dos mesmos sentimentos. A angústia de quem se apaixona e é abandonado aquela sensação de que algo nos foi tirado e nada parece nos satisfazer, o medo que nos mantem prisioneiros de nossa solidão. Livro gostoso de se ler, li de uma vez só sem parar."
Claro que muita gente não vai gostar porque não entendeu ou entenderá porque não gostou. Durante a confecção do livro fiz um panfleto para testar como o texto seria recebido pelos leitores (Veja o panfleto no final do texto). Disponibilizei gratuitamente em vários lugares e depois conversava sobre a opinião das pessoas. A maioria dizia não entender muito bem a proposta do texto considerando-o confuso. Talvez porque não fosse ao todo uma história facilmente visível. O personagem principal não é o João ou a Maria trata-se de um ser sem formas ou definições. Um ser que pode ser feminino ou masculino dependendo do leitor. Talvez esta nebulosa condição dificulte a criação de um perfil imagético. Ou talvez não. Nada melhor do que ler e tirar as próprias opiniões.
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| Primeiro Capítulo do livro. |
Mais informações sobre o livro no site:
https://clubedeautores.com.br/book/246729--SARCASTICA_ILUSAO#.Wj_oHN-nHIU
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