quarta-feira, 18 de julho de 2018

AVENTURAS EM BUENOS AIRES

Caminito - Buenos Aires (Arquivo Pessoal)
Nessa postagem vou falar um pouco sobre a minha primeira viagem internacional. Em agosto de 2012, conheci Buenos Aires, a capital federal da Argentina. Eu estava de férias com dois amigos, Renan, que já conhecia bem a cidade, e, o Marcelo, que nunca tinha ido, assim como eu. Éramos os três mochileiros brasileiros. De certa forma, acabamos dependendo muito do rapaz que já conhecia o lugar, isso limitava para um maior aproveitamento. Até porque, tanto eu como o Marcelo, não sabíamos nem o idioma local. 



Por ser a minha primeira viagem fora do Brasil, eu estava muito ansioso. Contudo, ao chegar à metrópole portenha, senti uma grande diferença. A primeira vista, pareceu-me uma cidade cinza, fria e sem vida. Talvez a má impressão fosse porque não estava acostumado com o lugar. 


Vista do Obelisco - Buenos Aires (Foto de Arquivo)

Nada como um dia depois do outro. Depois de passar a frustação, comecei a ver outra cidade. Apesar de estarmos no inverno, até que não estava tão frio. Haviam me falado que a água chegava a congelar na torneira e, que eu, deveria levar muitas blusas. Ainda bem que não precisou. 


Nessa época o metro estava em greve, então, nós, como bons mochileiros, fizemos os percursos andando ou de ônibus. Duro que o coletivo só aceitava moedas e tivemos que nos virar para consegui-las. Quando conseguimos sair de ônibus, pela primeira vez, foi uma verdadeira aventura. Além de estar lotado, não sabíamos onde descer. Desembarcamos em lugar errado e andamos por horas. O bom foi que podemos conhecer a cidade um pouco melhor. 


Avenida de Julho - Buenos Aires (Foto de Arquivo)
O pior foi quando o Marcelo precisou de dinheiro. Bastou procurar na mochila para descobrir que tinha sido roubado. Ele guardava quase todo o dinheiro na mochila e nem percebeu quando abriram o zíper e pegaram. Então, ele se desesperou e nos deixou em pânico. Começamos a procurar algum banco brasileiro por las calles. Nessa peregrinação, vivemos um terror até encontrar o tal banco amigo para sacar dinheiro. Não tinha como parar para apreciar os pontos turísticos e nem nada.


Depois do sufoco, respiramos aliviados e aproveitamos melhor a viagem. Fomos ao cemitério da Recoleta para ver o túmulo de Evita Peron; o Caminito; a casa Rosada; Porto Madeiro e tudo mais. 



Casa Rosada - Buenos Aires (Foto do Arquivo)

Foi um doce engano quando pensava que as aventuras tinham acabado. Tivemos a ideia de ir até o Uruguai de barco e, como a agência de turismo ficava perto do Caminito, resolvemos ir andando porque não estávamos longe. Mas, ao passar por duas pontes, fomos abordados por policiais. Eles disseram que aquele lugar era perigoso para seguir caminhando e aconselharam irmos de ônibus. Fizemos conforme recomendado. Chegando à porta da agência, que ficava embaixo da ponte de uma rodovia, descobrimos que estava fechado. Havia uma mulher na frente esperando algo. Segundo ela, estava esperando abrir e, quando descobriu que éramos brasileiros, começou a ligar para alguém. Não esperamos para ver quem chegaria, entramos no primeiro ônibus que vimos. Depois, consultando a internet, descobrimos que a tal agência não abria naquele dia, por ser domingo.



Aprendi a ser turista praticamente vivendo essas aventuras. Devo admitir que tenha sido uma das experiências que jamais vou esquecer. Praticamente nos perdemos para nos encontrar e me encontrava. Depois disso ainda voltei duas vezes à cidade. Na última vez, eu sabia de cor o que queria ou não fazer. Fui o guia de um amigo do trabalho. Certamente, foi um dos melhores momentos no lugar, até porque eu já conhecia muito.



Cido, Renan e Marcelo (Foto de Arquivo)

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