quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

A PROFISSÃO SECRETA DE DAIANE!

Aos 27 anos, Daiane – nome fictício – mora sozinha e para pagar as contas trabalha em duas clinicas. Quem lhe vê trabalhando na recepção, ou sentada próximo a Praça da Igreja da do bairro Redentora, não consegue notar nada de diferente. Talvez porque ela seja uma mulher normal e bem profissional. Bonita e responsável, se comunica bem e procura ser gentil com todo mundo. 


Daiane não comenta o passado, mas não por vergonha do que fez. Teme que as pessoas não entendam. O grande temor é o preconceito atrapalhar a construção de um futuro melhor. Para ela, querendo ou não, as pessoas tornam-se receosas quando descobrem a sua história.

Ela começou a se prostituir movida pela curiosidade. Não é hipócrita de dizer que o dinheiro não importa. Porém, duvida que alguém se prostitua apenas pela necessidade. “Eu senti vontade de ser a puta na cama... Era uma fantasia e ainda cobrei por isso”, confessa. “Acabei gostando e é um dinheiro fácil”. Então, dedicou três anos da vida cobrando por sexo. 

SELETIVA

Ter uma clientela fixa permitia que Daiane fosse mais exigente. Não evitava clientes novos, mas também não an­dava desesperada a ponto de topar com qualquer pessoa. Segundo ela, as mulheres estão sujeitas a tudo quando se prostituem. Entretanto, ela tinha consciência dos limites do corpo e alta estima. “Eu não era refém disso. Não era obrigada a fazer qualquer coisa pelo dinheiro”, afirma ela.

Ela teve experiências com clientes dispostos a pagar muito por um programa. “Tinha os bonitos e ricos que eram simples e carinhosos... Outros, por terem posse, beiravam a ignorância por se acharem importantes demais”. Houve casos de o sexo acontecer como algo automático e sempre se sentia mal depois. “Tem pessoas que te irritam tanto que você pega o dinheiro e quer ir para nunca mais ver”, diz.

Segundo Daiane, o pior é quando o homem quer sair para fazer sexo sem as mínimas condições de higiene. “Já encontrei clientes porcos... Gente que parecia não tomar banho e chegava a feder”, confessa. Discreta, ela considera de­sagradável cancelar o programa por algo assim. Entretanto, inventava alguma desculpa para não fazer. “Se eu não fosse com a cara da pessoa eu dava meia volta e ia embora”.

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>>> http://jornalista-jr.blogspot.com/2011/05/bruna-surfistinha-em-rio-preto.html

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