Raquel Pacheco, eternizada pelo pseudônimo de Bruna Surfistinha, esteve em São José do Rio Preto no último dia 30 de abril. Ela deu entrevistas, fez uma sessão de autógrafos e marcou presença em um pocket fashion - evento de moda - realizado no Rio Preto Shopping.
O acontecimento reuniu pessoas de todas as idades, até mesmo crianças queriam conhecer a “Surfistinha”. Apesar dos autógrafos serem restritos a um público de 400 convidados, uma multidão se aglomerou entre as lojas para tirar fotos e ver a celebridade de perto.
Internet
Ela ficou famosa quando começou a relatar sua rotina como garota de programa em um blog. Ficou tão popular entre os internautas que o micro site chegou a registrar um total de 10 mil acessos por mês. “Não imagino minha vida sem internet. Se não houvesse a internet ninguém ficaria sabendo de mim”, afirma ela.
Livros
Não demorou muito para ser imortalizada em um livro autobiográfico, O Doce Veneno do Escorpião – O Diário de uma Garota de Programa. Baseado em depoimentos ao jornalista Jorge Tarquini, o livro narra a experiência da menina de 17 anos que abandona o lar e vira prostituta. Cinema
Dirigido por Marcus Baldini, o filme Bruna Surfistinha conseguiu atrair mais de 2 milhões de brasileiros aos cinemas. No filme, baseado no Best-seller “O Doce Veneno do Escorpião”, a atriz Débora Secco revive a odisséia da garota de programa mais famosa da internet.
Raquel não participou da escolha do elenco e não interferiu na produção do filme. Mas no Programa “De Frente com Gabi”, ela confessou ter se emocionado ao ver sua vida na telona e considerou perfeita a atuação. “Apesar da falta de semelhança física, hoje, eu não imagino outra atriz no lugar. O papel tinha que ser da Débora”, disse ela.
Espiritualidade
Raquel foi batizada e criada no catolicismo, mas atualmente segue a doutrina espírita. Ela acredita na ligação dos acontecimentos dessa vida com outras vidas passadas. “Ainda não fiz regressão, mas tenho muita vontade até mesmo para me conhecer melhor”, disse ela.
Curiosidade
Nos momentos difíceis, Raquel até pensou em sair do país. Ela teve “colegas” prostitutas que foram para a Espanha e se deram bem. “Eu fiquei curiosa para saber como é porque lá ganha muito mais do que aqui”, diz ela. “Mas acho que é uma ilusão por causa do dinheiro. Corre-se o risco de cair em uma máfia de prostituição internacional”.
Preconceito
Depois da fama, Raquel considera que o preconceito diminuiu e, hoje, se vê mais aceita pela sociedade. Entretanto, confessa que ainda sofre preconceitos e agressões verbais. “Principalmente na internet, muita gente ainda me trata de maneira diferente. Tentam me humilhar pelo fato de eu ter sido garota de programa”, diz.
“Aprendi muito nesses pouco mais de três anos de vida fácil. Por m ais que tenha tido altos (alguns memoráveis) e baixos (muitos, como as drogas), sei que cresci como ser humano, amadureci e me sinto pronta novos desafios. Por mais cômodo que pudesse ser continuar levando a vida da Raquel mesmo com seus obstáculos, que muita gente conheceu ao ler O doce veneno do escorpião, foi a vida de Bruna que me ensinou lições importantes para que eu pudesse voltar a ser Raquel – porém, mais escaldada, calejada e sabendo um pouco melhor o que realmente importa na vida. Seja ela fácil ou não.”, trecho do livro O que Aprendi com Bruna Surfistinha.
Leia também:
Leia também:
A PROFISSÃO SECRETA DE DAIANE
A PROSTITUIÇÃO ENTRE O PROGRESSO E O PRECONCEITO
A ODISSÉIA DE EROS
http://www.revistagentedeexpressao.com.br/Revistas/ed139/Default.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário