Contudo, a história aqui foi diferente das ações revolucionárias que invadiram a França e culminaram na tomada do poder pela burguesia. O movimento republicano não teve um grande apoio popular e foi comandado (na maioria) por militares. O mito de um grande herói viril e proclamador também nunca existiu. Marechal Teodoro da Fonseca era amigo do imperador e só aderiu aos planos republicanos quatro dias antes da proclamação.

A abolição da escravidão (que não era bem quista pelos grandes fazendeiros de café) e o poder adquirido pelo exército brasileiro na Guerra do Paraguai contribuíram pela queda da monarquia e expulsão da família real do Brasil. A proclamação da república foi o primeiro golpe militar que assolou o país. O governo “provisório” foi estendido e perdurou com a eleição de novos militares.
A República tupiniquim nada lembra o ideal republicano difundido na Grécia Antiga que visava o resgate da igualdade social e a cidadania ativa. Um mês após o início do novo regime, foi instaurada a censura prévia comanda por uma junta de militares para avaliar os jornalistas e os veículos de comunicação (jornais). Assim, o novo sistema se fundiu aumentando o número de exilados e presos políticos (a oposição do sistema).
Atualmente, apesar de acreditarmos no ideal utópico de democracia e liberdade, situações vergonhosas mancham o ideal republicano. Homens eleitos pelo povo fazem da política um meio de enriquecimento ilícito enquanto a maioria vive com o salário mínimo. Veículos de comunicação são censurados e proibidos de denunciar falcatruas e armações políticas (Família Sarney x Jornal O Estado de São Paulo). Vereador agride adolescente de 17 anos e é absolvido pela impunidade. Guarda Municipal espanca jovens manifestantes em frente à Câmara (Notícias de São José do Rio Preto em 2013).

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