sábado, 23 de novembro de 2013

LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE!



A população na Argentina sempre esteve mais acordada do que nosotros, los hermanos brasileños. Qualquer alteração de leis que não agrade nossos vizinhos é motivo para um verdadeiro panelaço pelas ruas. Isso demonstra o quão consciente é a população portenha e o quanto estão atentos aos direitos civis. Pela proximidade, deveríamos nos inspirar para sermos mais patriotas. Não no incentivo de idolatria ou modismo revolucionário, mas em sentido de atenção e pré-disposição para a luta com panelas e panfletos em punho em favor do país.

É claro que as reinvindicações que provocam verdadeiras revoluções ao redor do mundo não são um fenômeno recente. A Revolução Francesa começou com a insatisfação da burguesia que sentia extorquida pela nobreza e culminou com a queda da monarquia. Até no Brasil, durante os anos mais rigorosos do regime militar, jovens se uniram na marcha dos cem mil e mostraram a força da juventude.  Atualmente, o mundo vive a era das manifestações e uma nova temporada de lutas por igualdade surgem por todo o globo. 

Na França, 9 de outubro, um grupo de ativistas do Greenpeace escalou o prédio cede da Gazprom localizada na Avenida Champs Elysées. Enquanto integrantes escalavam pacificamente o prédio, um enorme banner legendava a ação: “Gazprom, liberte os 30”. O protesto era em solidariedade aos companheiros que foram presos na Rússia (incluindo uma brasileira) por lutar contra a exploração de petróleo no Ártico. 



A crise econômica na Itália novamente uniu vários sindicatos e grupos nas ruas de Roma em 18 de outubro. Os trabalhadores assumiram a greve contra a aprovação do projeto de lei que prevê mais austeridade e cortes no orçamento público. A lei visa diminuição de salários e atinge aposentados e servidores públicos.   Segundo os sindicatos, a manifestação teve adesão de 80 % da população romana interrompendo o transporte e cancelando diversos voos.

A cidade de Barcelona fica na região da Catalunha conhecida por diversas manifestações pela independência local. Contudo, o povo não protesta apenas contra o reino da Espanha. Em 26 de outubro, um manifesto com música e cartazes contra a exploração lucrativa de recintos públicos agitou a cidade. O Parque Guel, idealizado e arquitetado por Gaudí para os catalães, teve a entrada restrita aos pagantes. Grande parte da população é contra a iniciativa porque a manutenção é feita com o dinheiro de impostos.


No mundo inteiro, o povo reage e cobra atitudes daqueles que foram eleitos para representá-los. Diversas minorias se tornam grandes para mostrar a insatisfação com má administração pública e exigir melhorias. Esta inquietação popular celebra a soberania popular e a liberdade de expressão.  Todavia, em uma cidade chamada São José do Rio Preto parece não existir mais liberdade.



Vereadores tentam calar as vozes de protestantes e limitar o direito da população num ataque contra a democracia. O cidadão deveria ter mais força e respeito perante aqueles que recebem salários provenientes do dinheiro coletivo. Mas a inversão de papeis deixa impune o político que agride um adolescente, enquanto jovens manifestantes são acusados de terrorismo. Guardas Municipais despreparados e coniventes com o abuso de poder espancam a sociedade diante da televisão. 


A liberdade e democracia torna-se mito na cidade interiorana que adota um regime ditatorial e hostil. Resta saber cadê a presidente que tanto lutou por um mundo melhor durante a juventude? Cadê os direitos humanos para o cidadão agredido e humilhado? Onde está a liberdade de expressão que permite ao povo rio-pretense protestar e cobrar melhorias?  Realmente temos muito que aprender de igualdade, fraternidade e liberdade.

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