terça-feira, 10 de junho de 2014

AMOR DE PERDIÇÃO!


O dia dos namorados faz a palavra amor efervescer na mídia, comercio e corações mais sentimentalistas. A simples definição da palavra poderia ser afeição à outra pessoa. Assim, amar seria nutrir emoções, carinho e ternura. Algo filosófico, consciente e inconsciente que não tem como medir ou pesar.

A comoção cultural e conceitual do sentimento chamado de amor cria a expectativa de encontrar alguém para amar. Contudo, por mais que tudo pareça uma sacada de marketing, é inegável que o sentimento exista. Somos dotados da capacidade mental e sentimental de nos apegarmos e afeiçoarmos aos demais.


Quando um bebê nasce já sente um inexplicável amor pela mãe. Esta sensação de dependência também acompanha as pessoas ao longo da vida. Muitas vezes, a atração pode somar-se a dependência, falta de companhia e medo da solidão. Então, o belo sentimento tão exaltado pelos poetas e romancistas transforma-se em obsessão.

Casos de crimes passionais são constantes nos noticiários. Ganhou a mídia a cena real de policial que, após uma briga verbal e corporal, mata a ex-namorada a tiros. Após cometer a loucura, ele tenta se matar com um tiro na cabeça. Mas sem coragem acerta de raspão e senta na calçada para aguardar a prisão. 



Este não será o primeiro e nem o último crime por amor. Todavia, da mesma forma que as pessoas possessivas sentem-se donas, outras pessoas aceitam se aprisionar em nome do amor. Há quem se torne tão dependente que não cortam o cordão umbilical e se sujeitam a ofensas, desmoralização e agressões.

O amor de perdição faz seres humanos apropriarem-se ou deixar-se apropriar. Por mais absurdo, todo mundo está à mercê das emoções. É claro que também existe o sentimento verdadeiro, cúmplice e feliz. Mas para existir um final feliz, o amor próprio precisa ser maior, completo e, assim, contagiar.

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