quinta-feira, 26 de junho de 2014

BRASIL RUMO AO HEXA!


Vamos pensar num jogo como entretenimento. Por um momento, sem questionar recursos do governo mal utilizados ou desviados para financiar uma linha de show que não comporta ou acolhe a maioria dos anfitriões. Vamos pensar tudo como uma grande festa, recepcionar o turista e fazer um intercambio cultural em nosso quintal. Assim, vamos absorver o que de bom existe em tudo isso. Vamos ser nacionalistas e vestir o verde amarelo, abraçar quem estiver ao lado para torcer e vibrar por um resultado positivo.

Acaba sendo quase inevitável não respirar aliviado quando o Brasil vence uma disputa de futebol contra os europeus da Croácia. Difícil não torcer ou se afligir numa disputa internacional com o time do México que termina no empate de zero. O goleiro mexicano salvou várias chances de um gol brasileiro prorrogando a classificação da seleção canarinho para outra fase. Então, no jogo de Brasil contra Camarões uma vitória valeria a continuidade no campeonato.

Nem os manifestos tiveram muita adesão pelo país. Segundo a imprensa, neste dia de decisão da primeira fase, poucas pessoas se reuniram com faixas e bandeiras contra a copa brasileira. A importância da partida causou uma verdadeira tensão e afloraram os nervos do torcedor. O alívio do primeiro gol foi  dissipado por um empate dos adversários mediante uma vacilo da defesa  brasileira.

A expectativa predominou o primeiro tempo e o segundo gol fez a arquibancada até cantar. Mas a ansiedade pedia mais um gol para um resultado positivo. Apesar de o desejo não ter sido atendido durante os primeiros 45 minutos, o retorno para o segundo tempo foi compensador e instigante. Os jogadores brasileiros pareciam gostar do jogo e criaram uma maior dificuldade para os camaronenses.

O terceiro gol brasileiro que parecia estar em impedimento passou despercebido pelos olhos do juiz. Então, a vitória estava garantida por uma vantagem. Mas só parecia. Faltando vinte minutos para  o fim da partida, ainda havia a sensação de não se respirar aliviado. Assim, os olhos e músculos dos torcedores queriam dar um lance para mais um novo gol do Brasil. Os murmúrios e gritos queriam passar uma nova orientação num tom de treinador extra. As unhas eram roídas na esperança do tempo passar rápido e o placar alterar prol aos jogadores rivais. 

Apesar da derrota, os jogadores africanos ainda tinham força e adrenalina para ameaçar os brasileiros. O time parecia estar mais unido que nas partidas anteriores. A desunião e adversidade interna fez o time de  Camarões perder os dois primeiros jogos do campeonato. Mas agora o time queria fazer bonito perante os anfitriões. Quando roubavam a bola, dançavam com elas nos pés em direção ao gol. Criavam o medo no torcedor. Sem grande chance de mudar o resultado porque os esportistas canarinhos logo se adiantavam para impedir. 

O ruim de assistir o jogo pela televisão é a mídia querendo endeusar o jogador Neymar transformando-o em novo fenômeno do esporte brasileiro. O locutor e os comentaristas tentam transformá-lo em grande herói da nação. Tanto que, quando o Neymar sai sente-se a constatação que não haveria mais nenhum gol. Mesmo assim o quarto gol balança as redes adversárias para euforia do público.

A torcida grita aos quatro ventos e muito mais animada que no jogo anterior. O som orquestrado por mais de 70 mil vozes exalta a volta do Campeão. Então, termina a agoniante partida com a seleção Brasileira classificada para as oitavas de final. O Brasil, França e uma predominância dos times americanos tem lugar garantido na disputa enquanto grandes campeões como Inglaterra, Espanha e Itália se despedem da Copa. Agora começa os jogos que valem tudo ou nada para a competição e muito mais emoção em campo rumo ao hexa.

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